Abstract
While research on episodes of transnational activism has advanced substantially in recent years, our knowledge about how long-term trajectories of cross-border activism affect the formation of national social movements and their capacity to influence domestic institutional change is still limited. This paper addresses this gap by analyzing transnational mobilization around the political and economic rights of indigenous groups in Brazil. We show that early pathways of transnational mobilization generated a set of ideational, organizational and institutional outcomes that enabled previously marginalized actors to shape the directions of institutional change within the country at the time of the Brazilian democratic transition. We identify three initially uncoordinated trajectories of transnational mobilization taking place in the late 1960s and 1970s and show how they converged over time through two social mechanisms - institutional cross-referencing and social networking - to form an increasingly tightly knit inter-sectoral social movement that was capable of influencing institution-building during the period of the National Constitutional Assembly (1978-1988). We conclude with a discussion of the linkages between transnational activism and national social movement formation.
Embora as pesquisas sobre episódios de ativismo transnacional tenham avançado substancialmente nos últimos anos, nosso conhecimento acerca de como as trajetórias de longo prazo do ativismo transfronteiriço afetam a formação de movimentos sociais nacionais, bem como de sua capacidade de influenciar mudanças institucionais domésticas, ainda é limitado. Este artigo aborda esta lacuna ao analisar a mobilização transnacional em torno dos direitos políticos e econômicos de grupos indígenas no Brasil. Mostramos que os caminhos iniciais da mobilização transnacional geraram um conjunto de resultados ideacionais, organizacionais e institucionais, os quais permitiram que atores anteriormente marginalizados moldassem as direções das mudanças institucionais dentro do país no período da transição democrática brasileira. Identificamos três trajetórias inicialmente não coordenadas de mobilização transnacional ocorrendo no final dos anos 1960 e 1970, e mostramos como elas convergiram, com o tempo, através de dois mecanismos sociais - o cruzamento de referências institucionais e a formação de redes sociais - para formar um movimento social intersetorial cada vez mais fortemente entrelaçado, o qual foi capaz de influenciar a formação de instituições durante o período da Assembleia Nacional Constituinte (1987-1988). Encerramos o artigo com uma discussão sobre as ligações entre o ativismo transnacional e a formação de movimentos sociais nacionais.
Mientras la investigación de episodios de activismo transnacional ha avanzado significativamente en los últimos años, nuestro conocimiento acerca de cómo las trayectorias a largo plazo de activismo transfronterizo afectan la formación de movimientos sociales nacionales y su capacidad de influir en el cambio institucional aún es limitado. El presente artículo trata esta laguna al analizar la movilización transnacional en torno a los derechos políticos y económicos de grupos indígenas en Brasil. Mostramos que salidas tempranas de movilización transnacional generaron un conjunto de resultados de ideas, organizacionales e institucionales que permitieron que actores marginalizados previamente le dieran forma a los rumbos del cambio institucional dentro del país en la época de la transición democrática brasileña. Identificamos tres trayectorias inicialmente descoordinadas de movilización transnacional transcurriendo a fines de la década de 1960 y 1970 y mostramos cómo convergieron con el paso del tiempo a través de dos mecanismos sociales (referencia cruzada institucional y redes sociales) para formar un movimiento social intersectorial cada vez más compacto capaz de influir en la formación de la institución durante el período de la Asamblea Constitucional Nacional (1978-1988). Concluimos con un debate de los vínculos entre activismo transnacional y la formación de movimientos sociales nacionales.